sexta-feira, 9 de março de 2012

Paulistano com renda acima de 10 mínimos têm mais dificuldades em pagar dívidas




SÃO PAULO – O número de famílias paulistanas endividadas, com contas em atraso e sem condições de pagar os débitos é maior entre aquelas com renda acima de dez salários mínimos. Em fevereiro deste ano, 33,3% delas afirmaram que não poderão honrar com o pagamento dos débitos no próximo mês.Segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), divulgada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), 41,7% dos entrevistados que recebem mais de dez mínimos disseram que vão pagar parte do débito e outros 25% deverão pagá-lo integralmente.


Considerando as famílias com as contas em atraso e que ganham até dez mínimos, 22% conseguirão honrar totalmente seus compromissos, enquanto 43,1% disseram que vão quitá-los parcialmente. Já 32,2% não terão condições de pagar nada.
Do total de endividados inadimplentes, considerando todas as faixas de renda, 32,2% disseram que não terão condições de pagar as dívidas no próximo mês, outros 43,1% conseguirão pagar parte delas e 22,1% afirmaram que pagarão totalmente os débitos.
Endividados
A pesquisa mostra que, do total dos entrevistados, 9,1% disseram que estão muito endividados. Esse percentual é maior entre os que recebem até dez salários mínimos (9,6%) do que entre as famílias com renda superior a esse patamar (6,1%).
De modo geral, 13,2% dos entrevistados estão mais ou menos endividados e 20,5% estão pouco endividados. Em compensação, 55,2% das famílias não têm dívidas em cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro ou seguro. Entre aquelas com renda de até dez salários mínimos, o número cai para 53,3% e, entre aquelas com renda superior a dez mínimos, sobe para 66,7%.
Cartão de crédito lidera
Analisando os tipos de dívida, de maneira geral, o cartão de crédito lidera, com 67,5%* das respostas, seguido por carnês, com 24,5%, e crédito pessoal, com 15,3%.
Considerando as faixas de renda, novamente o cartão de crédito aparece no topo da lista, sendo o principal tipo de dívida de 68,2% das famílias que ganham até 10 salários mínimos e de 61,6% das que têm renda acima deste valor.
Já o financiamento de carro endivida mais as famílias que recebem acima de 10 mínimos (22,2%) dos que as 
que ganham abaixo disso (11,3%), situação inversa que ocorre com os carnês. Este tipo de dívida é mais comum para as famílias com ganhos até 10 mínimos (26,2%).
* A pesquisa permite respostas múltiplas, por isso o percentual ultrapassa os 100%.
  Abraão Michelon
Empresário, Bacharel em Teologia, Casado com Michelle Oliveira de Sousa e pai de Isaac e Sarah    

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