segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mudança na poupança ajuda na queda dos juros


A presidente Dilma Rousseff afirmou que a mudança no rendimento da poupança anunciada na última semana permite a continuação da queda de juros no país e voltou a cobrar dos bancos privados que acompanhem o processo de baixa da taxa Selic e repassem a redução aos consumidores.   
"Fizemos uma mudança simples, justa e correta, capaz, ao mesmo tempo, de proteger o pequeno poupador e de permitir que as taxas de juros continuem caindo", disse Dilma nesta segunda-feira, no programa de rádio semanal "Café com a Presidenta". 
O governo anunciou na última quinta-feira medida provisória que altera o rendimento das cadernetas de poupança, abrindo a possibilidade para o Banco Central continuar com a queda de juros no país. A remuneração da poupança passará a ser de 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR) toda vez que a taxa básica de juros ficar igual ou abaixo de 8,5%.
Quando a Selic estiver acima desse patamar, os ganhos da poupança permanecem em 0,50 por cento ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR). O governo decidiu ainda que as novas regras valerão apenas para os depósitos feitos após a publicação da MP, que aconteceu na sexta-feira passada.  
"Não podemos aceitar que agora, quando estamos baixando os juros, ela (poupança) se torne uma forma de lucro fácil para aqueles que só querem especular", disse a presidente. 
Com os juros básicos do país em queda -já somou 3,50 pontos percentuais desde agosto passado, levando a Selic para o atual patamar de 9% ao ano-, a poupança passaria a mostrar redimentos melhores se comparados com alguns de renda fixa, por exemplo, o que poderia desencadear uma corrida de grandes investidores para a caderneta.  
A poupança, além de ser isenta de Imposto de Renda, ainda prevê que boa parte de seus recursos seja destinada a financiamento imobiliário e, caso houvesse uma forte migração de recursos, poderia haver distorções no mercado. 
Dilma também voltou a cobrar que os bancos repassem a diminuição dos juros para a população, reforçando seu discurso tendo como alvo os altos juros bancários. 
"A queda da taxa de juros para o consumidor é um caminho sem volta, sabe por quê? Porque o Brasil tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos do mundo, e pode perfeitamente fazer a sua parte e ajudar o país diminuindo os juros que cobram dos trabalhadores e dos empresários", afirmou. 

  Abraão Michelon
Empresário, Bacharel em Teologia, Casado com Michelle Oliveira de Sousa e pai de Isaac e Sarah. 


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