quarta-feira, 9 de maio de 2012

Economia informal no Brasil

A economia informal acontece no Brasil mais do que nos países desenvolvidos, e existem alguns motivos para que tal prática exista.


Pessoas na rua 25 de março
Economia informal  é o nome dado a toda a geração e administração de renda que acontece sem registro no Ministério do Trabalho. Desde camelôs, até manicures, professores e redatores, grande parte dos trabalhadores destas áreas estão na área da economia conhecida como informal.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil eram mais de 10 milhões de empresas informais urbanas no ano de 2003, e movimentavam mais de 17 bilhões de reais. O número corresponde a mais da metade de todas as microempresas do Brasil. Para o IBGE, uma empresa informal é aquela que não tem as contas separadas claramente das contas da família, mesmo que esta tenha o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Os autônomos, por exemplo, fazem parte desta categoria profissional. Quem trabalha com carteira assinada para uma empresa formal, mesmo que esta empresa possua vínculo com a informalidade, não está incluído na estatística levantada pelo instituto.

Por que acontece?

Livro do SEBRAE sobre economia informal urbana
A economia informal é uma das praticas mais comuns nos países emergentes e subdesenvolvidos. Um dos principais motivos para o desenvolvimento das práticas informais é o desemprego estrutural (empresas formais ficando menores) e a alta cobrança de impostos e burocracia na hora de atuar legalmente no mercado. Não pagando impostos, é possível oferecer um produto ou serviço a preços inferiores aos do mercado. Para a contratação, isto também funciona, sem a necessidade do pagamento de encargos, é possível fazer propostas mais atraentes a funcionários. Não é raro encontrar pessoas que prefiram trabalhar na informalidade por conta do maior ganho recebido por hora trabalhada.

Consequências

Este tipo de economia está diretamente ligado com o Produto Interno Bruto do país, pois muitas mercadorias são vendidas e obtidas sem o pagamento dos impostos. Para se ter uma ideia, se tudo no Brasil fosse formalizado, nosso PIB seria 30% maior do que é hoje. Vale também ressaltar que o Brasil é um grande receptor de produtos falsificados vindos de países como o Paraguai e a China. Obviamente, esta importação acontece de maneira informal e traz implicações diretas ao nosso mercado interno.

A polêmica

Santa IfigêniaExiste um combate à economia informal por parte das autoridades governamentais, mas esta luta acontece de maneira errada. Aliás, a forma com que o governo lida com a movimentação financeira interna do país contribui ainda mais para que haja a informalidade. A burocracia e principalmente a altíssima política tributária fazem com que a atividade informal seja a única alternativa de obtenção de renda para boa parte da população. Quem defende a informalidade diz que tal prática ainda fortalece o PIB do país, pelo fato de que os trabalhadores informais geralmente compram produtos produzidos e vendidos dentro da formalidade.
A alta polêmica criada em torno da informalidade na economia brasileira só pode ser resolvida com atitudes efetivas dos governantes, principalmente no que diz respeito a impostos e a fiscalização de tais atividades.
Fonte: zun
  Abraão Michelon
Empresário, Bacharel em Teologia, Casado com Michelle Oliveira de Sousa e pai de Isaac e Sarah. 

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